quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Livre Comércio

Estava passeando pelo Blog Olho da Rua e me deparei com a foto abaixo:



E a sua legenda dizia: Livre comércio.

Achei brilhante a observação.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Sem inspiração, mas...

Estava navegando, a pensar no que postaria hoje.

Pensei em não publicar nenhum post, pois estou num daqueles dias de pouca inspiração. Mas achei que seria legal compartilhar com vocês o site Foto Favela.

Arlindo Machado dizia que não podemos atribuir à fotografia o real de uma situação, pois ela captura apenas um momento. No entanto, ao ver as fotos desse site, percebo uma relação tão próxima com a periferia...tanto sentimento nas fotos...

Vale a pena conferir.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Lan House = Alfabetização digital na periferia

Fiquei maravilhada com uma reportagem que vi no Central da Periferia. Regina Casé mostra como as lan houses mudaram a realidade de uma favela de Antares, no Rio de Janeiro.

É impressionante como a comunidade aderiu a mídia digital de tal forma que até pedidos de pizza são feitos pelo msn.

Confira aqui como o acesso a internet pode ser um importante instrumento de alfabetização.

Como diz um dos entrevistados: "Se você tem informação, você é igual a qualquer pessoa!"

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Nascidos em bordéis e renascidos pela arte

Hoje pela manhã na aula de fotojornalismo assisti a um documentário que me impressionou muito e chamou muito a minha atenção sobre o poder de transformação da arte.



Nascidos em Bordéis. Esse é o documentário que se passa em Calcutá e mostra a realidade das crianças do bairro Luz Vermelha, onde elas são obrigadas a conviver desde pequenas com a prostituição, tendo em vista que é esse o "trabalho" de suas mães. Comovidos com esse quadro, os documentaristas Zana Briski e Ross Kauffman levam a essas crianças máquinas fotográficas e lhes dão a oportunidade de fotografarem tudo o que lhes chamar a atenção. E, assim, por meio da "simples" arte de fotografar elas passam a acreditar nos sonhos e vêem que é possível viver outra vida, que não seja a da prostituição.

E é isto que a cultura faz: amplia os horizontes, aumenta a auto-estima e promove a descoberta de talentos que antes eram ocultos. Por isso que eu levanto a bandeira do investimento em cultura, principalmente na periferia, pois a promoção da arte não só pode como já provou que é capaz de transformar.

Confira aqui o trailer.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Da periferia para a mídia


Fico super feliz quando vejo na TV o rap da educação. Toda hora que passa a propaganda, comento com quem está ao meu lado: "eu conheci esses meninos! São do Ceccaes!"

E eu me sinto orgulhosa porque é bom ver como a cultura pode mudar uma realidade. Meninos que provavelmente não teriam a força de vontade para vencer as barreiras que a pobreza impõe, acabam por acreditar nos sonhos por meio do acesso à cultura.

Como alguém um dia disse: é tudo uma questão de oportunidade!

O tempo que passei pesquisando a região de São Pedro foi muito gratificante pra mim, pois me ensinou a ver a periferia de uma outra forma, sob uma nova ótica. A visão que eu tinha antes dessas áreas de risco social era exatamente a que nos mostram a maioria dos filmes brasileiros. Contudo, o envolvimento com a cultura me mostrou que a periferia pode ser muito mais do que diz a produção cinematográfica brasileira.

domingo, 16 de novembro de 2008

Show dos manos pra quem tem BUFUNFA pra pagar

Como diz o Felipe Andreoli, do CQC - "O som do gueto, show dos manos pra quem tem bufunfa pra pagar".

Ontem à noite estava na cama, cochilando, quando vejo a matéria do CQC - Show dos manos para os playboys. Não pude deixar de prestar atenção e refletir sobre aquilo. Achei brilhante a forma como Felipe Andreoli conduziu a reportagem... embora não seja muito fã dos carinhas do CQC e ache um tremendo besteirol, dessa vez, tenho que concordar que eles tocaram a matéria com ironia de forma a fazer a galera refletir. Afinal, pagar 250 reais para ir a um show, não é pra qualquer um. Mas até que cabe uma pergunta: será que kanye west é mesmo o som do gueto? Embora seja hip hop, não sei se poderíamos denominar assim. Fica aí o vídeo para vocês me ajudarem a refletir:

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

"Sei lá... tá no sangue!!"

Há alguns instantes estava conversando com um dos fundadores do Bloco Surpresa, que já anima os carnavais da Barra há 24 anos.

A conversa, que inicialmente duraria aproximadamente 30 minutos, durou mais de uma hora, devido a minha e também empolgação do entrevistado (Embora seja comum eu sempre me empolgar!!).

O que eu achei mais interessante nessa mais de uma hora que conversamos foi quando eu perguntei qual a sua motivação para trabalhar com cultura na região da Barra do Jucu, e ele me disse: "bem, sei lá, acho que tá no sangue!" E começou a me contar do seu envolvimento inicial até hoje. O engraçado é que eu observei, não apenas na fala dele, mas também na de outros líderes culturais, que eles querem parar de se envolver com as manifestações culturais - seja por decepção, cansaço ou porque querem oportunizar outras pessoas - no entanto não conseguem.

E além da questão do sangue, como diz o presidente do Bloco, tem o amor pelo trabalho. Uma vez, ao conversar com o Fábio Carvalho sobre o Ceccaes (Centro Cultural Caieiras), uma instituição cultural localizada em São Pedro, da qual ele é o fundador, ele me disse: "Michelli, eu não estudei para estar aqui, não escolhi isso... mas aí você se apaixona e trabalha 24 horas em torno disso. É algo que tá impregnado na gente"

São palavras como essa que me motivam a trabalhar com esse tipo pesquisa...

É muito bom saber que existem pessoas realmente motivadas a trabalhar com cultura, não apenas pelo reconhecimento que talvez esse envolvimento venha proporcionar, mas principalmente, pelo amor à arte!!